10 de setembro – dia mundial de prevenção ao suicídio
Atualmente, a cada 40 segundos 1 pessoa tira a própria vida no mundo.
No Brasil, acontece 1 suicídio a cada 45 minutos e uma tentativa a cada 3 segundos.
O suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos, atrás apenas dos acidentes de trânsito. Na faixa etária de 15 e 19 anos, é a segunda maior causa de mortes em meninas, atrás de complicações na gravidez, e a terceira em meninos, depois de acidentes de trânsito e violência. 52,1% dos casos de morte por suicídio ocorrem em pessoas com idade menor que 45 anos. (dados da OMS, liberados em set/2019).
Na região das Américas, as taxas de suicídio aumentaram 6% entre 2010 e 2016, somando um total de 800 mil mortes por ano em todo o mundo (últimos dados da OMS são de 2016), sendo 12 mil mortes no Brasil. Em países desenvolvidos, o suicídio acomete 3 vezes mais os homens do que as mulheres.
96,8% das pessoas que se suicidam apresentam uma doença mental (em primeiro lugar está a depressão, seguido pelo transtorno bipolar e abuso de substâncias) e 90% dos casos poderiam ser evitados se a pessoa tivesse acesso a um tratamento (dados da Associação Brasileira de Psiquiatria).
Os 2 principais fatores de risco para o suicídio são a tentativa prévia de suicídio e a doença mental, que pode não ter sido diagnosticada, pode não ter sido tratada ou não tratada de forma adequada. Outros fatores são a desesperança, o desespero, o desamparo e a impulsividade.
Todas as pessoas que falam sobre suicídio apresentam potencial risco para tal, merecendo investigação e atenção especial. Porém, aqui se liga o alerta máximo, de que nem todos falam sobre suas intenções. Saber ouvir, compreender, se colocar no lugar do outro e oferecer ajuda, podem ser fundamentais.
Precisamos esquecer a idéia de que “quem fala que vai se matar não se mata”, pois por impulsividade ou por erro de cálculo na tentativa, a fatalidade acontece.
Podemos começar identificando, nas pessoas próximas, seus comportamentos (principalmente quando ocorrem mudanças), ouvir suas angústias, entender seu desespero, compreender sua desesperança, acompanhar sua tristeza, oferecer acolhimento e encaminhar para um apoio e um tratamento adequado, acompanhando a pessoa que se apresenta em situação de risco.
Nada pode ser desprezado. Alguém próximo pode estar passando por um momento conturbado e as vezes, por falta de tempo, acabamos não dando a atenção necessária.
Se você está passando por um momento complicado e de maior desespero, ou se alguma vez já pensou em tirar a própria vida, procure ajuda, não tenha vergonha ou receio, sempre existe alguém que pode te ajudar, e a desesperança não é um sentimento só seu. Você pode ligar para o CVV (centro de valorização da vida), número 188, a qualquer horário do dia ou da noite e a ligação é gratuita.
Se você conhece alguém que está apresentando um comportamento atípico, preste maior atenção, ofereça apoio e acolhimento e incentive-o a procurar ajuda. Caso a pessoa não queria buscar ajuda e mesmo assim você sentir que ela não está bem, procure por um profissional e se informe sobre a melhor maneira para ajudá-la.
O psicólogo e o psiquiatra são os profissionais mais indicados para ajudar e fazer o acompanhamento, porém, em momentos críticos, qualquer ajuda pode ser essencial.
Essa luta é de todos nós.
Suicídio é real e pode ser evitado.
Last modified: 10 de setembro de 2019
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