Hoje é comum ouvirmos as pessoas dizerem “estou depressivo”, “meu amigo está depressivo”, “minha mãe está com depressão”. O que muitos não sabem é que a depressão é uma doença séria e não devemos banalizá-la em comparações com um estado de tristeza passageiro.

Todos nós, em algum momento da vida, passamos por uma tristeza com um grau forte. Quando perdemos um ente querido, quando temos uma crise financeira, ou mesmo em términos de relacionamentos e turbulências em uma amizade. A tendência é que essa tristeza seja superada em um período de tempo não muito longo e a pessoa volte as suas atividades normais. O problema surge, quando a superação não aparece e a tristeza não vai embora.

Os dias passam a ser intermináveis, o corpo fica cada vez mais pesado para se carregar, o vazio está sempre maior e a tristeza passa a ser a melhor amiga.

Uma pessoa com depressão chora facilmente, está mais sensível a críticas, apresenta maior isolamento social, sofre alterações no apetite (que aumenta ou diminui), alterações no sono (muito ou pouco sono), falta de energia e consequentes alterações nas atividades diárias, sentimento de culpa, problemas para pensar ou tomar decisões, sentimento de vazio, tristeza recorrente e persistente, e em casos mais graves, pensamentos de morte ou suicídio.

Não podemos, de maneira nenhuma, minimizar os sentimentos de um depressivo. Devemos oferecer ajuda e compreensão.

Tentar “animar” ou forçá-lo a sair de casa para um entretenimento, de nada ajuda, e em alguns casos podem deixá-lo mais triste, pois o depressivo passa a entender que o problema está com ele, em não conseguir se reerguer e levar uma vida como os outros, visto que as pessoas a sua volta dizem que “é só levantar e sair para se distrair”.

Então, como podemos ajudar no tratamento da depressão?

Ouvindo, compreendendo, e acima de tudo demonstrando que entendemos a situação que ele está passando, e que esse estado de tristeza e vazio pode diminuir se ele procurar ajuda. Um psiquiatra e um psicólogo são os indicados para ajudar, mas o passo deve ser dado pela pessoa que está em contato com o depressivo, e por ele próprio.

É comum o depressivo não querer ajuda de imediato. E isso é compreensível, pois para ele as coisas “perderam o sentido” e ele não acredita que possa sair do estado em que se encontra. Justamente por isso, a pessoa que está próxima não deve desistir, porém, isso não significa insistir! O indicado é continuar ouvindo, continuar próximo e tentando levá-lo a procurar ajuda. Se mesmo assim não conseguir e perceber que o caso está se agravando, a pessoa próxima deve procurar um profissional da área para pedir orientações e assim conseguir encaminhá-lo para tratamento.

Tratamento com anti-depressivo e psicoterapia levam a um resultado bem satisfatório e permite ao paciente voltar as suas atividades normais após um período de tempo, que hoje em dia está relativamente curto, devido aos bons fármacos existentes no mercado e ao acompanhamento cada vez mais eficaz das psicoterapias.

O que devemos sempre fazer é ficar alerta as pessoas mais próximas. Não podemos NUNCA, banalizar um sentimento ou diminuir um pensamento negativo, principalmente quando alguém tenta desabafar conosco.

Depressão é uma doença e tem tratamento.

Se você está lendo este texto e se sente depressivo, procure ajuda, não sinta vergonha e não se feche, a depressão é muito mais comum do que imaginamos, e sempre terá alguém disposto e que pode te ajudar.

Se você conhece alguém que pode estar com depressão, dê mais atenção aos sinais e procure auxiliar essa pessoa, ela pode estar precisando apenas de uma compreensão para buscar uma ajuda.

como ajudar alguém com depressão como curar a depressão depressão depressão tem tratamento estou com depressão o que é a depressão quais os sintomas da depressão

Last modified: 8 de julho de 2019